Floresta de Inovação Impulsiona o Aço Verde

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Enquanto a descarbonização redefine os rumos da indústria global, a Aço Verde do Brasil (AVB), empresa do Grupo Ferroeste e referência mundial em aço verde, volta-se às suas origens para reforçar seu maior diferencial competitivo: as florestas que garantem o fornecimento sustentável de biocarbono, principal matéria-prima do aço verde.

A companhia investiu R$ 50 milhões em um projeto de melhoramento genético, biotecnologia e infraestrutura florestal no sul do Maranhão, próximo à operação siderúrgica em Açailândia, para elevar a produtividade, reduzir custos e mitigar riscos, fortalecendo sua posição na siderurgia de baixa emissão.

“Estamos fortalecendo nossa base florestal com ciência e inovação. Isso significa crescer em produtividade sem ampliar a área plantada, produzindo mais biocarbono por hectare, com eficiência e sustentabilidade”, afirma Ricardo Carvalho, acionista da AVB.

O primeiro pilar do projeto é o avanço genético das florestas, viabilizado pela construção de um dos maiores viveiros do Brasil. O espaço permitirá à empresa produzir mudas com genética própria, fruto de um programa de seleção iniciado em 1997.

Após quase três décadas de pesquisa, a companhia reúne clones adaptados às regiões em que atua, com destaque para a espécie Corymbia, material florestal superdenso e estratégico para o biocarbono. Os clones selecionados apresentam alta densidade, resistência a pragas e ao déficit hídrico, além de elevado crescimento.

Ricardo Carvalho, acionista da AVB. No alto, o viveiro de mudas da empresa, parte do projeto de investimento em melhoramento genético e biotecnologia para a base florestal

Em 2024, o viveiro produziu 1,5 milhão de mudas em fase de testes. Em 2025, já abasteceu toda a operação da AVB, com cerca de 6 milhões de unidades, e a expectativa é alcançar 12 milhões nos próximos anos. Hoje, 80% da força de trabalho do viveiro é formada por mulheres, em um modelo que integra tecnologia, inclusão e sustentabilidade.

O segundo pilar é um projeto-piloto de eucalipto irrigado, instalado ao lado do viveiro, que utiliza água residual rica em nutrientes. A meta é, no mínimo, dobrar o incremento florestal. “Nosso objetivo é, em até três anos, levar essa experimentação ao nível industrial, reduzindo riscos e ampliando a eficiência no campo”, explica Carvalho.

Como terceira estratégia, a empresa adota práticas de agricultura regenerativa, iniciando pela implantação de uma biofábrica de bioinsumos – fungos e bactérias que substituem parte dos fertilizantes e defensivos químicos, fortalecendo a biologia do solo. “Vamos reduzir químicos e aumentar a vitalidade do solo. É tecnologia aplicada à sustentabilidade, e isso é um ativo de negócio”, afirma o acionista.

Os resultados são esperados entre três e cinco anos, com ganhos em produtividade, qualidade da madeira e estabilidade florestal. Com ciência e inovação no campo, a AVB reforça que o futuro da siderurgia verde começa nas florestas.

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