IPCA-15 Favorece Ativos Brasileiros e Ibovespa Avança Mais de 1%

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Esta terça-feira (27) terminou de forma positiva para o mercado brasileiro, após o IPCA-15 indicar desaceleração da inflação. Divulgado durante a manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice mostrou que os preços avançaram 0,36% em maio, acumulando nos últimos 12 meses aumento de 5,40%, abaixo das expectativas feitas pela Reuters com economistas, que indicavam altas de 0,44% para o mês e de 5,49% em 12 meses. O IPCA-15 é considerado uma prévia da inflação oficial.

No final do pregão, a moeda americana à vista recuou 0,53%, cotada a R$ 5,6464. Enquanto o Ibovespa subiu 1,02%, somando 139.541,23 pontos. Em Wall Street, o S&P 500, uma das referências do mercado acionário dos EUA, subiu cerca de 2% na volta do feriado prolongado, com agentes repercutindo desdobramentos mais positivos envolvendo as discussões comerciais entre Estados Unidos e União Europeia.

Alívio para o bolso

Mais do que o resultado cheio em si, a abertura do IPCA-15 mostrou um cenário mais benigno para a inflação, com a desaceleração dos núcleos, como o de Alimentação e bebidas, com forte peso nas contas dos consumidores, que avançou 0,39% em maio, de 1,14% em abril, diante das quedas do tomate (-7,28%), do arroz (-4,31%) e das frutas (-1,64%).

Em reação, os ativos brasileiros ganharam força: o Ibovespa subiu, as taxas dos Depósitos Interfinanceiros ( DIs) cederam e o dólar recuou durante toda a sessão — ainda que, no exterior, o viés para a moeda americana fosse de alta. “O IPCA trouxe otimismo, e ainda temos uma bolsa descontada, uma taxa de juros alta. Tudo isso atrai o capital estrangeiro”, comentou durante a tarde Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital, ao justificar o recuo do dólar ante o real.

Destaques

– VAMOS ON avançou 9,69%, apoiada pelo alívio nas taxas dos contratos de DI, que favoreceu também papéis como CVC BRASIL ON, que encerrou com alta de 6,67%; ASSAÍ ON, que terminou com elevação de 7,61%; e LOCALIZA ON, que fechou com acréscimo de 4,41%.

– AZZAS 2154 ON valorizou-se 6,11%, tendo ainda no radar relatório do Citi, que aumentou o preço-alvo das ações para R$ 52 e reiterou recomendação de compra/alto risco, citando que a relação risco versus retorno dos papéis permanece enviesada para cima.

– BTG PACTUAL UNIT subiu 2,75%, melhor desempenho entre os bancos do Ibovespa, com BRADESCO PN avançando 2,04%, ITAÚ UNIBANCO PN fechando com acréscimo de 0,79% e SANTANDER BRASIL UNIT em alta de 0,13%. BANCO DO BRASIL ON cedeu 0,41%.

– PETROBRAS PN subiu 0,73%, mesmo com o declínio dos preços do petróleo no exterior, onde o barril do Brent terminou negociado em baixa de 1%. A estatal informou na véspera que está considerando uma “potencial emissão de debêntures incentivadas” de até R$3 bilhões.

– PETZ ON recuou 4,15%, em meio a preocupações com maior escrutínio do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre a operação de fusão da companhia com a Cobasi. Nota técnica produzida pelo Departamento de Estudos Econômicos (DEE) do órgão antitruste citou riscos à concorrência, especialmente no segmento de varejo físico.

– VALE ON cedeu 0,31%, conforme os contratos futuros do minério de ferro caíram pela terceira sessão consecutiva com novos rumores sobre cortes na produção de aço bruto na China. CSN MINERAÇÃO ON caiu 5,8%, tendo ainda no radar downgrade de analistas do Morgan Stanley.

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