Novas Tarifas e Ameaças de Trump Derrubam Wall Street e Ibovespa

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Após um período de trégua, o presidente americano, Donald Trump, voltou a afetar a economia mundial com sua política tarifária. No domingo (6), ele ameaçou tarifar importações de membros e países que se alinharem à política do Brics em 10%, em post na sua rede social Truth Social. “Qualquer país que se alinhe às políticas antiamericanas do Brics terá de pagar uma tarifa ADICIONAL de 10%. Não haverá exceções a isso. Obrigado por sua atenção a esse assunto”, escreveu. A publicação foi feita, após uma declaração conjunta da cúpula do Brics, alertando sobre o “aumento indiscriminado de tarifas” e suas consequências sobre o comércio global. O evento está sendo realizado no Rio de Janeiro.

Nesta segunda-feira (7), Trump também anunciou tarifas de 20% sobre importações vindas de Cazaquistão, Coreia do Sul, Japão e Malásia. Enquanto África do Sul sofrerá um ajuste de 30%, Mianmar e Laos terão um aumento de 40%. Diante da elevação de incertezas e do retorno da política comercial hostil de Trump, o dólar à vista subiu 1,04% ante o real, cotado a R$ 5,48. Já o Ibovespa, seguiu os rumos de Wall Street, fechando em baixa de 1,26%, com 139.489,7 pontos.

O S&P 500, uma das referências do mercado acionário dos Estados Unidos, caiu 0,79%. O índice, em partes, também foi afetado pelo anúncio do bilionário Elon Musk de que terá seu próprio partido, o America Party. A novidade abalou as ações da Tesla que, só no pré-mercado, caíram mais de 7%. No dia, o CEO da montadora, perdeu US$ 68 bilhões (R$ 372,64 bilhões).

Resposta de Lula

Em reação às declarações de Trump, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou e classificou como “irresponsável” a postura do americano de ameaçar países por redes sociais.

“Eu acho que nem deveria comentar, porque não é responsável e sério um presidente da República, de um país do tamanho dos Estados Unidos, ficar ameaçando o mundo através da internet”, disse Lula ao ser questionado sobre. “O mundo mudou, não queremos imperador. Somos países soberanos. Se ele acha que pode taxar, os países têm o direito de taxar também. Existe a lei da reciprocidade.”

As ameaças de Trump aos membros do Brics e os novos ajustes surgem pouco antes de 9 de julho — prazo estabelecido pelo governo dos EUA para negociações sobre o tema com outros países.

Destaques

– VALE ON recuou 1,47%, acompanhando os futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou o dia com queda de 0,68%, a 731 iuanes (R$ 558,52) a tonelada, em meio a preocupações renovadas relacionadas à demanda.

– PETROBRAS PN terminou com variação negativa de 0,19%, em dia de alta dos preços do petróleo no exterior, com o barril do Brent avançando 1,87%, a US$ 69,58 (R$ 381,33).

– BANCO DO BRASIL ON encerrou negociada em baixa de 1,65%, com o setor como um todo no vermelho. ITAÚ UNIBANCO PN cedeu 1,33%, BRADESCO PN perdeu 0,96% e SANTANDER BRASIL UNIT apurou declínio de 1,33%.

– ENGIE BRASIL ON caiu 6,33%, em nova sessão de correção, após uma série de altas desde o final de junho. Na última sexta-feira (4), o papel fechou em baixa de 5,16%, encerrando uma série de seis pregões de ganhos, período em que acumulou uma valorização de 14,2%.

– TOTVS ON recuou 4,99%, tendo como pano de fundo relatório do UBS BB, no qual os analistas estimam um resultado ligeiramente negativo para a companhia no segundo trimestre, em razão de receitas mais fracas nas divisões de gestão e techfin, embora tal movimento não seja motivo de preocupação.

– BRF ON subiu 9,37%, no segundo pregão de recuperação após um começo mais negativo no mês, com queda de 4,7% nos primeiros pregões do mês. No setor, MARFRIG ON, em vias de incorporar a BRF, ganhou 4,09% e MINERVA ON fechou em alta de 1,16%.

– BRASKEM PNA avançou 0,54%, após anunciar que a acionista controladora Novonor comunicou à empresa que a NSP Investimentos e o fundo de investimento Petroquímica Verde pediram autorização ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para uma potencial transação envolvendo as ações da Novonor na petroquímica.

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