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Nesta terça-feira (8), o presidente americano, Donald Trump, continuou fazendo ameaças tarifárias, inclusive para membros do Brics. Desde o final de semana, ele tem criticado o grupo, alegando que possui uma política “antiamericana”. Na segunda (7), ele também estabeleceu novas taxas para países da Ásia e a África do Sul, antes mesmo do prazo final que ele mesmo definiu para negociar as tarifas, no dia 9 de julho, o qual foi estendido para 1º de agosto. Como resultado, na ocasião, o dólar avançou fortemente ante o real, mais de 1%.
Além de tarifas para nações, o presidente americano afirmou que pretende taxar em 50% o cobre importado, além de ajustar as alíquotas de semicondutores e produtos farmacêuticos importados, dizendo que a taxa para medicamentos pode chegar a 200%, embora tenha destacado que dará o prazo de um ano para as farmacêuticas “se organizarem”.
No Brasil, o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou que a autarquia segue buscando a meta da inflação de 3%, com margem de erro para mais ou para menos de 1,5 ponto percentual (p.p.). “Ao colocar a taxa de juros em 15%, dificilmente eu e os meus colegas do Comitê de Política Monetária (Copom) vamos ganhar o torneio de Miss Simpatia no ano de 2025. Mas eu durmo muito tranquilo, sabendo que o que eu estou fazendo é cumprir a meta e persegui-la. Tenho absoluta convicção que este é o papel do Banco Central“, afirmou.
Na sessão desta terça, a moeda americana à vista registrou queda de 0,63%, cotado a R$5,4466. O Ibovespa também recuou, com agentes financeiros melindrados, dado o risco de nova onda de volatilidade nos mercados. O decréscimo foi de 0,13%, somando 139.302,85 pontos. Em Wall Street, o S&P 500 encerrou com variação negativa de 0,07%, enquanto o Nasdaq apontou acréscimo de 0,03% e o Dow Jones cedeu 0,37%.
Destaques
– WEG ON caiu 4,06%, no segundo pregão seguido de queda, ampliando as perdas no ano. Analistas do UBS BB consideraram negativo para a empresa o anúncio de Trump envolvendo tarifas nas importações norte-americanas de cobre, dada a exposição da WEG aos EUA.
– BTG PACTUAL UNIT cedeu 2,36%, pior desempenho entre os bancos do Ibovespa. ITAÚ UNIBANCO PN fechou com queda de 0,24%, BRADESCO PN encerrou com variação positiva de 0,24%, SANTANDER BRASIL UNIT apurou acréscimo de 0,41% e BANCO DO BRASIL ON caiu 0,27%.
– PETROBRAS PN avançou 1,43%, endossada pela alta dos preços do petróleo no exterior, que apoiou um dia positivo para o setor na bolsa paulista como um todo. BRAVA ENERGIA ON subiu 3,22%, PRIO ON valorizou-se 3,16% e PETRORECONCAVO ON ganhou 1,73%.
– VALE ON fechou com acréscimo de 0,35%, apoiada pelo fechamento positivo dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com alta de 0,14%, a 733 iuanes (R$ 556,03) a tonelada.
– AZZAS 2154 ON cedeu 3,92%, tendo no radar dados do IBGE mostrando queda de 0,2% nas vendas do varejo em maio ante abril, contra previsão no mercado de alta de 0,2%. O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) também mostrou declínio real nas vendas do setor em junho. LOJAS RENNER ON subiu 0,1%.
– AZEVEDO & TRAVASSOS ON, que não está no Ibovespa, disparou 8,16%, após a holding divulgar que consórcio entre a sua controlada Heftos e a Construtora Colares Linhares venceu licitação para contrato de R$1,76 bilhão com a Petrobras.
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