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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs neste sábado (12) uma tarifa de 30% sobre importações do México e da União Europeia, com início previsto para 1º de agosto. A medida foi tomada após semanas de negociações frustradas com dois dos principais parceiros comerciais dos Estados Unidos, que não resultaram em um acordo mais amplo.
As novas tarifas foram anunciadas em cartas separadas publicadas na rede social de Trump, Truth Social. Mais cedo esta semana, o americano já havia divulgado novas taxações para diversos países, incluindo Japão, Coreia do Sul, Canadá e o Brasil. Trump enviou uma carta a Luiz Inácio Lula da Silva anunciando que vai impor tarifas de 50% para todas as exportações brasileiras para os Estados Unidos também a partir de agosto.
A União Europeia ainda mantinha a expectativa de firmar um acordo comercial abrangente com os Estados Unidos, envolvendo os 27 países do bloco. No entanto, já vinha se preparando para o anúncio oficial das tarifas, à medida que Trump ampliava sua ofensiva comercial nos últimos dias.
Inicialmente, o objetivo da UE era chegar a um acordo que eliminasse tarifas sobre bens industriais de ambos os lados. Mas, após meses de negociações difíceis, o bloco reconhece que talvez precise se contentar com um acordo provisório e torcer para que seja possível negociar algo melhor no futuro.
Internamente, o bloco europeu enfrenta pressões contraditórias. A Alemanha, principal potência industrial da UE, defende um acordo rápido para proteger sua indústria. Já países como a França acreditam que os negociadores europeus não devem ceder a um acordo desigual, imposto nos termos dos Estados Unidos.
Desde que retornou à Casa Branca, Trump tem emitido uma série de ordens tarifárias que vêm gerando dezenas de bilhões de dólares por mês em novas receitas para o governo dos EUA. Segundo dados divulgados pelo Departamento do Tesouro na sexta-feira, a arrecadação com tarifas alfandegárias já ultrapassou US$ 100 bilhões no atual ano fiscal americano, até junho.
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