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Durante esta quarta-feira (23), agentes do mercado voltaram a ficar otimista com um possível arrefecimento da guerra tarifária dos Estados Unidos. Na noite de terça (22), o país assinou acordo com o Japão, comprometendo-se a reduzir as tarifas incidentes nas importações de automóveis e não estabelecer outras taxas. Em troca, Tóquio cederá US$ 550 bilhões (R$ 3,036 trilhões) em investimentos e empréstimos aos americanos. Além disso, há a perspectiva de entendimento também com a União Europeia, com uma alíquota acordada em 15% ante a de 30%. O Brasil, no entanto, segue sem avanços na tentativa de negociação.
Com o cenário no radar, o dólar recuou 0,78%, cotado a R$ 5,5239, menor valor de fechamento desde os R$ 5,5036 de 9 de julho — dia em que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a tarifa de 50% para os produtos brasileiros, elevando a pressão no mercado de câmbio. Já o Ibovespa subiu 0,99%, somando 135.368,27 pontos, embalado pelo viés positivo de Wall Street. Por lá, o S&P 500, uma das referências do mercado acionário americano, avançou 0,78%, renovando máxima histórica.
Com o início da temporada de balanços, que termina em 14 de agosto, a tendência é que o mercado fique ainda mais agitado. Nesta quarta, a WEG divulgou seus resultados do segundo trimestre, mostrando que teve R$ 1,59 bilhão de lucro líquido, crescimento de 1,04% em relação ao mesmo período do ano passado. O número, no entanto, foi abaixo das expectativas.
Destaques
– PETROBRAS PN subiu 2,04%, em sessão de variações modestas dos preços do petróleo no exterior, onde o barril do Brent fechou com decréscimo de 0,12%, a US$68,51. PETROBRAS ON avançou 2,23%.
– ITAÚ PN fechou em alta de 1,11%, com bancos também reforçando o sinal positivo do Ibovespa. BANCO DO BRASIL ON subiu 1,61%, BRADESCO PN valorizou-se 1,6% e SANTANDER BRASIL UNIT ganhou 0,45%.
– VALE ON cedeu 0,14%, em pregão marcado pela repercussão de dados de produção e venda da mineradora no segundo trimestre e tendo como pano de fundo o declínio dos futuros do minério de ferro na China.
– WEG ON caiu 8,01%, após resultado trimestral ficar abaixo das previsões de analistas, apesar do crescimento de 10% no lucro ano a ano. Investidores seguem preocupados com potenciais reflexos na empresa de tarifas anunciadas pelos EUA.
– RAÍZEN PN avançou 5,48%, em dia de ajustes, após renovar na véspera mínima histórica a R$1,46. No acumulado do ano, os papéis ainda acumulam uma queda de quase 29%.
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