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As ações da Novo Nordisk, fabricante do Wegovy e do Ozempic, caíram mais de 21% nesta terça-feira (30), sendo negociados pouco acima de US$ 54 (R$ 300,78). O movimento aconteceu após a farmacêutica dinamarquesa reduzir suas projeções de receita e lucro para o ano.
A empresa informou que sua previsão de crescimento de receita para 2025, agora é estimada entre 8% e 14%, ante uma meta anterior de 13% a 21%. A projeção de crescimento do lucro também foi revisada para baixo, de 16% a 24% para 10% a 16%. Esse desempenho representa a maior queda desde abril de 2002, quando os ativos recuaram 19%, e se aproxima do pior resultado da companhia, registrado em outubro de 1984, com baixa de 23%.
Segundo a Novo Nordisk, o crescimento das vendas de Wegovy e Ozempic nos EUA deve desacelerar em razão da “expansão do mercado mais lenta do que o esperado e da concorrência”, além do uso de alternativas manipuladas. As ações da Novo Nordisk já acumulam queda de 37% no ano.
A companhia afirma que a venda de medicamentos manipulados “inseguros e ilegais” — versões genéricas alteradas para atender às necessidades individuais dos pacientes — continua ocorrendo, mesmo após a Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos EUA, sinalizar que tomaria medidas contra os distribuidores até 22 de abril.
O que aconteceu?
A FDA havia autorizado farmácias a produzir e vender cópias dos medicamentos durante um período de escassez, isentando essas operações de punições temporariamente. Porém, recentemente, a agência declarou que a insuficiência foi resolvida e retirou os remédios da lista de desabastecimento. Mesmo assim, a Novo Nordisk afirma que as versões manipuladas — não aprovadas pela FDA — ainda estão disponíveis no mercado.
A empresa solicitou à FDA que proíba completamente essas versões de Ozempic e Wegovy, apontando que os medicamentos manipulados não atendem aos critérios de segurança, eficácia ou qualidade da agência. Nos últimos meses, a FDA também emitiu alertas sobre versões falsificadas do Ozempic no mercado, que podem causar efeitos adversos como náusea, vômito, diarreia e dores abdominais.
Também nesta terça-feira, a Novo Nordisk informou que Maziar Mike Doustdar foi indicado como o novo presidente e CEO da Novo Nordisk. A nomeação ocorre após a demissão repentina de Lars Fruergaard Jorgensen em maio.
O mandato de Doustdar entra em vigor em 7 de agosto. Ele ocupava anteriormente o cargo de vice-presidente de operações internacionais da empresa, unidade que, segundo a Novo Nordisk, teve as vendas mais que dobradas, chegando a US$ 17,3 bilhões (R$ 96,34 bilhões) em 2024 sob sua liderança.
A farmacêutica divulgará seu balanço do segundo trimestre no dia 6 de agosto.
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