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O Ibovespa encerrou a sessão desta quinta-feira (7) em alta de 1,54%, aos 136.609,96 pontos, impulsionado pela repercussão positiva dos balanços corporativos. No pico do dia, o índice ultrapassou os 137 mil pontos, com destaque para as ações da Eletrobras (9,47%), que avançaram após a companhia reportar lucro bilionário e anunciar o pagamento de dividendos intermediários.
O volume financeiro negociado somava R$ 22,1 bilhões antes dos ajustes finais.
De acordo com o analista-chefe da Levante Inside Corp, Eduardo Rahal, o mercado brasileiro refletiu o ambiente global mais construtivo para emergentes, mas sobretudo a temporada de resultados domésticos, “que até aqui tem surpreendido positivamente”.
Uma nova leva de balanços está prevista para o final do dia, incluindo os resultados de Petrobras, B3, Assaí, Lojas Renner, Azzas 2154, Petz, Vivara, Rumo, entre outros.
Cenário externo
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou na quarta-feira (7) que colocaria uma tarifa de cerca de 100% sobre os chips semicondutores importados pelos EUA. A única exceção, segundo Trump, é que a nova taxa não será aplicada às empresas que se comprometerem a produzir nos Estados Unidos.
Trump também afirmou que nomeará o presidente do Conselho de Assessores Econômicos, Stephen Miran, para ocupar o cargo de diretor do Federal Reserve (Fed). Miran ocupará a vaga aberta pela renúncia surpresa da diretora do Fed Adriana Kugler, anunciada na semana passada, conforme ela retorna à sua posição de professora titular na Universidade de Georgetown. O mandato expira em 31 de janeiro de 2026 e está sujeito à aprovação do Senado.
O presidente americano disse que a Casa Branca continua a procurar alguém para ocupar a cadeira com mandato de 14 anos da Diretoria do Fed que ficará vaga em 1º de fevereiro.
Miran tem defendido uma ampla revisão da governança do Fed, que incluiria a redução dos mandatos dos membros da Diretoria, colocando-os sob o controle claro do presidente e acabando com a “porta giratória” entre o Poder Executivo e o Fed.
Trump tem pressionado, sem sucesso, o Fed a reduzir as taxas de juros. Miran, se confirmado pelo Senado, teria um dos 12 votos sobre a política monetária do Fed, que votou por 9 a 2 no mês passado para manter os juros estáveis.
Wall Street começou a sessão com viés positivo, mas perdeu o fôlego, com o S&P 500 fechando com variação negativa de 0,08%, enquanto o Dow Jones caiu 0,51%. O Nasdaq encerrou com acréscimo de 0,35%.
Câmbio
Já o dólar caiu 0,72% e fechou cotado a R$ 5,42, registrando a quinta sessão consecutiva de queda. A moeda acumula recuo de 3,2% desde a última sexta-feira. Esse movimento reflete o alívio dos mercados com a sinalização de avanço nas negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, ainda que a cautela siga presente.
Segundo Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, a divisa norte-americana operou com oscilações limitadas e sem direção clara no mercado à vista, em meio a um cenário de baixa liquidez e escassez de indicadores relevantes.
“O dólar sofreu pressão inicial com a valorização de moedas emergentes e dados positivos da balança comercial da China, além da expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos em setembro. Mais tarde, no entanto, voltou a ganhar um pouco de força após declarações mais conservadoras de membros do Federal Reserve sobre ritmo dos cortes, o que reacendeu a incerteza sobre o ritmo do afrouxamento monetário”, explica Shahini.
As tarifas comerciais anunciadas por Washington seguem no radar dos investidores, que acompanham os possíveis impactos sobre as exportações brasileiras.
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