Nubank Pede Licença Para Atuar como Banco nos EUA

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O Nubank informou nesta terça-feira (30) ter solicitado uma licença para uma agência do tesouro dos EUA para atuar em solo americano como banco nacional. O objetivo da plataforma é o de oferecer contas de depósito, empréstimos e custódia de ativos digitais e expandir a sua presença internacional e se tornar global. Atualmente, sua presença é concentrada  sobretudo na América Latina, onde já uma das maiores da região.

O pedido foi feito junto Escritório do Controlador da Moeda (o Office of the Comptroller of the Currency, da sigla OCC), que é uma agência federal ligada ao Tesouro americano.  O pedido para atuar nos EUA ocorre quase quatro anos após a companhia fazer o seu IPO em Wall Street.

No México, a empresa já obteve autorização para se tornar banco em abril de 2025, concedida pela Comisión Nacional Bancaria y de Valores (CNBV), e aguarda aprovação operacional final. No Brasil e na Colômbia, o Nubank também mantém operações reguladas e em expansão.

Em nota distribuída à imprensa, David Vélez, fundador e CEO da Nu Holdings, disse que o foco principal da companhia é o de continuar crescendo nos mercados em que está estabelecida, e que o pedido de licença os ajudará a atender melhor seus clientes já estabelecidos no país. “E, no futuro, a nos conectar com pessoas que têm necessidades financeiras semelhantes e que poderiam se beneficiar de nossos produtos e serviços”, diz Vélez.

Cofundadora, Cristina Junqueira, Chief Growth Officer da Nu Holdings será a CEO da nova operação nos Estados Unidos, que será uma subsidiária integral da Nu Holdings. Ela já havia se mudado para os EUA justamente para preparar essa operação.

O board contará ainda com nomes de peso do mercado, tais como Roberto Campos Neto, ex‑presidente do Banco Central, que presidirá o Conselho de Administração. A lista inclui ainda Youssef Lahrech, ex‑presidente e COO do Nu e atual observador do Comitê de Auditoria e Risco do Nu; Brian Brooks, ex‑Comptroller of the Currency interino e atualmente presidente do conselho e CEO da Meridian Capital Group; e Kelley Morrell, ex‑diretora geral sênior da Blackstone, ex‑diretora‑chefe de estratégia do CIT Group e ex‑executiva do Departamento do Tesouro dos EUA, e, atualmente, fundadora e sócia‑gestora da Highline Capital Management.

Recorde de receita

Fundado em 2013 em São Paulo, o Nubank construiu um dos maiores ecossistemas digitais financeiros do mundo, com quase 123 milhões de clientes no Brasil, México e Colômbia.

O banco nasceu oferecendo um cartão de crédito sem anuidade, com o objetivo de simplificar o acesso ao crédito. Desde então, expandiu seu portfólio com conta digital, empréstimos, investimentos, seguros, marketplace, telefonia móvel e até soluções para pequenas empresas e ativos digitais. Um dos mais recentes lançamentos foi um cartão de crédito próprio para adolescentes de 16 e 17 anos, conforme revelou a Forbes.

A atuação centrada no cliente garantiu alta fidelidade: mais de 83% dos usuários mantêm uso ativo da plataforma, e a maioria considera o Nubank sua principal instituição financeira.

O balanço relativo ao segundo trimestre desta no indica que a receita atingiu o recorde de US$ 3,7 bilhões (R$ 19,68 bilhões), crescimento de 40% em relação ao ano anterior, enquanto o lucro líquido chegou a US$ 637 milhões (R$ 3,39 bilhões), alta de 42% no mesmo período. O retorno sobre o patrimônio (ROE) anualizado avançou para 28%, reforçando a eficiência do modelo de negócios.

Os dados indicam que no desempenho foi impulsionado pela expansão em seus principais mercados. No Brasil, a base chegou a 107,3 milhões de clientes, representando 60% da população adulta, dos quais a maioria já considera o Nu como banco principal.

No México, o número de clientes subiu para 12 milhões, enquanto na Colômbia chegou a 3,4 milhões, com depósitos crescendo 841% em um ano. O portfólio diversificado, que inclui crédito, investimentos e soluções para empresas, consolidou o banco como uma plataforma multissegmento em forte trajetória de crescimento.

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