Contratos Futuros do Ouro Americano Batem Recorde a US$ 4 Mil

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Os contratos futuros de ouro dos Estados Unidos ultrapassaram pela primeira vez a marca de US$ 4 mil (R$ 21,3 mil) por onça nesta terça-feira (7), impulsionados pelas expectativas de um corte na taxa de juros do Federal Reserve (Fed) ainda neste mês e pela persistente demanda por ativos de refúgio em meio à paralisação do governo americano.

Os contratos futuros de ouro para entrega em dezembro subiram 0,9%, chegando a US$ 4.009,90 (R$ 21.448,90) por volta das 11h13 no horário de Nova York (15h13 GMT), após atingirem a máxima de US$ 4.011,30 (R$ 21.456,40).

O ouro à vista avançou 0,7%, sendo negociado a US$ 3.986,29 (R$ 21.285,70) por onça, depois de atingir o recorde histórico de US$ 3.988,59 (R$ 21.297,10) mais cedo na sessão.

O principal mercado do metal à vista é o de balcão (OTC) de Londres, que serve como referência global para a formação de preços. “Os fluxos de compra continuam por conta da busca por segurança, em parte devido à paralisação do governo e à falta de sinais de uma solução imediata. Portanto, ainda há uma demanda considerável por ouro”, afirmou Peter Grant, vice-presidente e estrategista sênior de metais da Zaner Metals.

O ouro, que não gera rendimento e costuma se valorizar em períodos de incerteza e juros baixos, já acumula alta de 51% neste ano. A disparada do metal tem sido sustentada por uma combinação de fatores, como as expectativas de cortes nas taxas de juros, a incerteza política e econômica, as fortes compras de bancos centrais, os aportes em fundos de índice (ETFs) de ouro e a fraqueza do dólar.

Complicadores e projeções

Nesta terça, a paralisação do governo americano chegou ao sétimo dia. O impasse adiou a divulgação de importantes indicadores econômicos, obrigando os investidores a recorrer a dados secundários, fora do governo, para estimar o momento e a intensidade dos cortes de juros do Fed.

Os investidores agora precificam um corte de 25 pontos-base na reunião do Fed deste mês e uma nova redução de mesma magnitude em dezembro. Enquanto isso, a instabilidade política na França e no Japão abalou os mercados de câmbio e de títulos pelo segundo dia consecutivo.

Em setembro, o banco central da China acrescentou o ouro às suas reservas, pelo 11º mês seguido, segundo dados do Banco Popular da China.

Na segunda-feira (6), o Goldman Sachs elevou sua projeção para o preço do ouro em dezembro de 2026 para US$ 4,9 mil (R$ 26.166,00) por onça, ante a estimativa anterior de US$ 4,3 mil (R$ 22.962), citando fortes entradas em ETFs ocidentais e a provável continuidade das compras por bancos centrais.

Em outros mercados, a prata à vista caiu 0,9%, sendo negociada a US$ 48,10 (R$ 256,85) por onça; a platina subiu 0,5%, para US$ 1.633,90 (R$ 8.727,00); e o paládio avançou 3,2%, para US$ 1.361,37 (R$ 7.267,70).

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