Como O Oscar Está Democratizando O Investimento Em Cinema

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Ao levantar o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro por “Ainda Estou Aqui”, o bilionário Forbes Walter Salles Júnior garantiu um aumento do interesse e do retorno econômico com sua obra. O Oscar faz isso.

Para além do glamour da premiação, a indicação (ou a vitória) podem elevar entre 30% e 50% o cachê de um ator ou atriz na produção seguinte (além de abrir portas) e exercer um efeito semelhante na bilheteria de um filme. É um bom negócio. Agora, ele estará disponível aos investidores brasileiros.

A gestora de recursos Hurst Capital, dedicada a ativos alternativos, está estruturando investimentos baseados no sucesso de filmes com potencial de trazer Oscars para casa. “Os investimentos serão feitos por meio de Certificados de Recebíveis atrelados a uma carteira de obras com valorização potencial de até 2,5 vezes o custo de comercialização”, diz Laura Rossi, head da MUV Capital, divisão da Hurst focada em entretenimento.

A gestora atua em parceria com a distribuidora Retrato Filmes. Os filmes serão lançados comercialmente até março de 2026, com geração de recebíveis distribuídos mensalmente.

O portfólio dos títulos inclui seis títulos de gêneros e nacionalidades variadas. Entre eles, o drama histórico Dois Procuradores, uma coprodução de seis países sobre o terror de Josef Stalin na União Soviética de 1937. O filme foi indicado para a Palma de Ouro em Cannes neste ano e ganhou o prêmio François Chalais, concedido a obras com valor jornalístico.

Também será possível investir em dois filmes brasileiros: Apanhador de Sonhos, um terror com Klara Castanho, e Cordélicos, uma animação inspirada na literatura de cordel. Os certificados incluem duas obras cotadas para o Oscar de 2025, o espanhol Sirat e o iraniano Woman and Child.

A primeira operação recebe um aporte inicial de US$ 1 milhão. Segundo Felipe Lopes, fundador da Retrato, há 3.500 salas de cinema no Brasil. Em 2024, foram vendidos 125 milhões de ingressos, movimentando R$ 2,4 bilhões.

“Muitas vezes, o público não assiste a um filme porque a obra não foi exibida. Com recursos, conseguimos dar visibilidade a obras relevantes”, afirma Felipe Lopes, cofundador da Retrato. Ao reforçar a distribuição, os certificados permitem que o investidor lucre com o sucesso da obra.

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