Nvidia Volta a Ser a Empresa Mais Valiosa do Mundo

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A fabricante de chips para inteligência artificial Nvidia voltou a se tornar a empresa mais valiosa do mundo após divulgar um balanço trimestral que superou as expectativas e empolgou os investidores. O resultado impulsionou as ações da companhia, que subiram 5% nesta quinta-feira (29), ultrapassando os US$ 141 (R$ 797) por papel — o maior valor desde 18 de fevereiro.

Com essa valorização, o valor de mercado da Nvidia saltou cerca de US$ 160 bilhões (R$ 904 bilhões), atingindo quase US$ 3,5 trilhões (R$ 19,8 trilhões). Com isso, a empresa ultrapassou a Microsoft e assumiu o posto de companhia mais valiosa do mundo. O desempenho chamou ainda mais atenção por ter vindo mesmo diante de um desafio significativo: a proibição imposta pelo governo Trump à venda dos chips H20 da Nvidia para a China. Apesar disso, a empresa entregou um “ótimo resultado”, segundo analistas do banco Truist liderados por William Stein, em nota enviada a clientes.

O forte desempenho das ações da Nvidia após o balanço se somou ao impacto de uma decisão judicial tomada na noite de quarta-feira (28) pela Corte de Comércio Internacional, que concluiu que as tarifas mais agressivas implementadas por Trump extrapolaram sua autoridade legal. Juntos, esses dois fatores impulsionaram o mercado acionário como um todo, já que a perspectiva de redução nas tarifas tende a aliviar os custos das importações e, consequentemente, melhorar os resultados das empresas.

Para se ter uma ideia do que significam os US$ 160 bilhões (R$ 904 bilhões) em valor que a Nvidia adicionou nesta quinta, toda a empresa valia apenas US$ 144 bilhões (R$ 814,8 bilhões) no fim de 2019.

Apesar do desempenho impressionante, a Nvidia ainda enfrenta desafios consideráveis com as restrições impostas à China. Na quarta-feira (28), a empresa informou que registrou uma perda de US$ 4,5 bilhões (R$ 25,4 bilhões) no último trimestre e prevê um prejuízo adicional de US$ 8 bilhões (R$ 45,2 bilhões) no trimestre atual, devido às limitações de exportação. Durante a teleconferência de resultados, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, deixou claro que discorda dessas medidas.

“A IA da China continua com ou sem chips dos EUA”, afirmou Huang, acrescentando que “proteger os fabricantes chineses da concorrência americana só os fortalece no exterior e enfraquece a posição dos EUA”. Ainda assim, Huang, que acompanhou Trump neste mês em uma viagem aos Emirados Árabes Unidos, também demonstrou confiança no ex-presidente, dizendo que “ele tem uma visão e eu confio nele”.

Segundo analistas da Bernstein liderados por Stacy Rasgon, “o cenário na China é desagradável e frustrante”, mas, mesmo em meio a um trimestre turbulento, a Nvidia está se saindo “extremamente bem”.

Um número impressionante ajuda a ilustrar o impacto do recente rali: US$ 6,2 bilhões (R$ 35 bilhões). Esse foi o valor que Jensen Huang acrescentou à sua fortuna pessoal na quinta-feira (29), o que o levou à décima posição no ranking das pessoas mais ricas do mundo, de acordo com os cálculos mais recentes da Forbes.

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