Visa Aposta no Pix e Lança Nova Empresa no Brasil

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A Visa anunciou nesta quinta-feira (5) que terá uma nova empresa operando no Brasil, totalmente focada no pagamento via Pix dentro dos e-commmerces. Chamada de Visa Conecta, a nova vertical chega para “surfar na onda” do Pix, com a proposta de oferecer maior simplicidade e agilidade, ao tempo em que diminui a fricção para os usuários. A empresa será um iniciador de pagamentos (ITP) e, inicialmente, seu foco será no Open Finance.

O seu funcionamento se dará da seguinte forma: em um comércio online, o cliente que selecionar o Pix como opção de pagamento será redirecionado para uma página com a relação de bancos em que ele é correntista. Ao selecionar a instituição de preferência, ele fará uma autenticação biométrica e conseguirá completar a sua compra sem precisar realizar a leitura do QR Code ou copiar o código do Pix para concluir a transação. Ou seja: pelo Visa Conecta, todo o processo acontece dentro do site do e-commerce.

Nas vendas físicas, o cliente também terá acesso ao sistema, através da tecnologia NFC. O objetivo da inovação é não apenas facilitar a vida dos consumidores, mas elevar o número de conversões dos estabelecimentos comerciais que, por vezes, não são finalizadas por conta do redirecionamento ao banco. “A Visa não é mais uma empresa de cartões, mas de tecnologia e de movimentação financeira”, disse Leonardo Enrique Silva, diretor executivo da Visa Conecta.

Embora seja dedicada ao Brasil, a nova empresa não responderá à Visa do Brasil, mas sim à Visa Inc. O motivo tem a ver com a sua função como ITP. Na regulação do Banco Central (BC), um ITP não pode estar dentro da mesma estrutura societária de um arranjo de pagamentos (IAP), que é o caso da empresa operante no país.

A nova funcionalidade será disponibilizada em plano piloto para alguns parceiros a partir de setembro deste ano. Ainda sem a autorização do Banco Central para operar como um ITP, a Visa Conecta não dependerá do aval da autarquia, já que tem como parceiro a Celcoin, um banking as a service já operante.

No mercado, já existem empresas que oferecem soluções semelhantes. Na leitura da empresa, isso não é um problema. Silva entende que a companhia possui seus diferenciais, como a marca, a credibilidade e a segurança. No entanto, dentro do plano piloto, a nova função não será integrada ao Visa Protect, ferramenta antifraude da empresa. Algo que deve acontecer apenas futuramente.

Em 2026, a Visa Conecta pretende oferecer outras ferramentas, que não serão necessariamente atreladas ao Open Finance. Segundo o diretor executiva da empresa, o objetivo é fazer da Visa Conecta um hub de desenvolvimento de soluções para movimentações financeiras dentro do ambiente digital.

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