Santa Clara Recebe Investimento do BNDES e Mira Faturamento Bilionário até 2030

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O Grupo Santa Clara, com sede em Ribeirão Preto (SP) e atuação nas áreas de fertilizantes especiais e biodefensivos, acaba de anunciar a entrada da BNDESPAR, braço de participações do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), em sua estrutura societária. Com um investimento de R$ 114 milhões, o banco passa a deter 19,9% do capital da companhia.

Esse movimento marca o retorno do BNDES ao quadro de acionistas de empresas brasileiras de capital fechado, algo que não ocorria há uma década. A operação está alinhada à agenda de fomento à industrialização, à inovação e à economia de baixo carbono conduzida pela instituição financeira.

A nova composição societária vai permitir a ampliação dos projetos estratégicos da Santa Clara, que prevê um crescimento de 20% já na próxima safra (2025/26). A meta é ambiciosa: multiplicar por quatro o faturamento nos próximos cinco anos e alcançar R$ 1 bilhão em receitas até 2030.

Com 28 anos de atuação no setor, o grupo é formado por quatro empresas: Santa Clara Agrociência, Inflora Biociência, Hydromol e Linax. Sua estrutura industrial está centrada em Jaboticabal (SP), e a presença internacional já alcança mais de 30 países. Em 2024/25, o faturamento foi de R$ 255 milhões, resultado de um ritmo de expansão de 30% ao ano nos últimos sete anos. Atualmente, são cerca de 300 colaboradores, número que deve chegar a 750 até o fim da década.

Para João Pedro Cury, CEO do Grupo Santa Clara, a entrada do BNDES fortalece a estratégia de longo prazo.

“O investimento garante musculatura para acelerar inovação, ampliar a base de clientes em culturas como cana, café e hortifrúti e atrair novos talentos e parceiros tecnológicos”, afirma.

SC_Divulgação

João Pedro Cury, CEO do Grupo Santa Clara

A companhia anunciou em 2023 a criação da Inflora Biociência, voltada à pesquisa e produção de biodefensivos. Uma nova unidade industrial será construída em Jaboticabal, com foco em produtos biológicos de terceira e quarta gerações. Essas soluções, desenvolvidas com apoio da Embrapa e outros centros de pesquisa, prometem maior estabilidade, velocidade de ação e facilidade de uso no campo, sem alterar práticas adotadas pelos agricultores.

Além da planta, o grupo investirá em um novo centro de inovação e expandirá o portfólio de registros para oferecer produtos como bionematicidas, bioinseticidas e biofungicidas. A meta é lançar diversas formulações até 2030, reforçando a presença no mercado de biodefensivos.

Segundo Vinicius Mazza, diretor de Finanças e Gente e Gestão, a governança será mantida sob controle da companhia. O conselho de administração, hoje com quatro membros, passará a contar com um quinto integrante indicado pelo BNDES.

O investimento chega em um momento de mudança na agricultura nacional, com maior demanda por tecnologias sustentáveis e soluções que reduzam emissões. Para Aloizio Mercadante, presidente do banco, a parceria impulsiona a transição para práticas mais ecológicas e reforça a geração de empregos qualificados no país.

O Grupo Santa Clara mantém uma estratégia baseada em inovação contínua, com 8% da receita anual destinados a pesquisa e desenvolvimento. A governança inclui auditorias regulares por uma Big Four, uso do sistema SAP e conselho estatutário, práticas que sustentam a expansão sólida da companhia no Brasil e no exterior.

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