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Em carta enviada na terça-feira (19), os produtos de soja dos Estados Unidos solicitaram ao presidente do país, Donald Trump, que chegue a um acordo com a China. O pedido solicita que existam garantias quanto a contratos de alto volume de soja, destacando a possibilidade de acontecerem terríveis resultados econômicos de longo prazo, caso a China reduza ou não compre mais a commodity americana.
O país asiático é o maior comprador de soja do mundo, está se voltando para as cargas brasileiras em meio às tensões comerciais com os EUA e às negociações em andamento. A China ainda não fez a pré-compra de soja da próxima safra dos EUA, um atraso incomum que tem preocupado comerciantes e agricultores.
“Os produtores de soja estão sob estresse financeiro extremo. Os preços continuam caindo e, ao mesmo tempo, nossos agricultores estão pagando muito mais por insumos e equipamentos”, diz a carta enviada pela American Soybean Association a Trump. “Eles não podem sobreviver a uma disputa comercial prolongada com nosso maior cliente.”
A mudança da China para a soja brasileira pode custar bilhões aos agricultores dos EUA. O país comprou 54% das exportações de soja americana na campanha de 2023-2024, no valor de US$ 13,2 bilhões (R$ 72,2 bilhões), de acordo com a associação. Em julho, as importações da commodity atingiram recorde.
Os preços da soja subiram depois de uma postagem de 11 de agosto de Trump na Truth Social, em que pedia à China que quadruplicasse suas compras de soja. No entanto, os agricultores disseram que duvidavam que um aumento tão grande fosse possível. “Quanto mais avançarmos no outono sem chegar a um acordo com a China sobre a soja, piores serão os impactos para os produtores de soja dos EUA”, diz a carta.
Questionada pela Reuters, a Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
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