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Esta sexta-feira (5) foi pautada pela publicação do payroll, relatório de empregos dos EUA. Durante a manhã, o Departamento de Trabalho informou que a economia do país criou 22 mil postos de trabalho em agosto, abaixo dos 75 mil postos da mediana apontada em pesquisa da Reuters. A taxa de desemprego, por sua vez, ficou em 4,3%, em linha com o projetado. Os números, considerados fracos, reforçaram as apostas de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) já este mês.
O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed reúne-se nos dias 16 e 17 de setembro para decidir sobre os juros, atualmente na faixa de 4,25% a 4,50%, com o desfecho da reunião sendo conhecido na tarde do dia 17.
No final do dia, o dólar à vista chegou à sua terceira queda consecutiva ante o real, fechando com decréscimo de 0,61%, cotado a R$ 5,4139. No período, a moeda americana acumulou baixa de 1,11%, enquanto na semana, caiu 0,15%. O movimento foi de encontro ao que aconteceu no exterior. Já na contramão de Wall Street, onde os principais índices encerraram esta sexta em queda, o Ibovespa registrou novo recorde, batendo 142.640,14 pontos, alta de 1,17%. O número inédito foi embalado pela visão de que, com uma taxa básica Selic de 15% e a perspectiva de cortes nos juros americanos — atualmente entre 4,25% e 4,50% —, o Brasil torna-se ainda mais atrativo para o capital internacional.
No Brasil, também durante a parte d manhã, o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, falou à imprensa sobre o endurecimento das medidas de segurança para o Pix e o TED. O BC limitou em R$ 15 mil as operações destas ferramentas feitas por meio de algumas instituições.
Destaques
– BANCO DO BRASIL ON avançou 3,57%, em sessão positiva para o setor, tendo ainda no radar medida provisória para a renegociação de dívidas rurais em “condições especiais”. BRADESCO PN subiu 2,44%, ITAÚ UNIBANCO PN fechou em alta de 1,11% e SANTANDER BRASIL UNIT valorizou-se 3,55%.
– PETROBRAS PN recuou 1,51% e PETROBRAS ON caiu 2,26%, exercendo uma pressão negativa relevante no Ibovespa dado o peso dos papéis no índice, em meio ao forte declínio dos preços do petróleo no mercado internacional. O barril sob o contrato Brent fechou em queda 2,22%, a US$ 65,50 (R$ 354,36), refletindo crescentes expectativas de maior oferta, além de um aumento surpreendente nos estoques de petróleo bruto dos EUA, somadas às preocupações relacionadas à demanda pela commodity. No setor, PRIO ON perdeu 2,06% e BRAVA ON cedeu 3,42%, enquanto PETRORECONCAVO ON cedeu 0,7%.
– VALE ON subiu 0,92%, beneficiada pelo avanço dos preços do minério de ferro na China. O contrato futuro mais transacionado na Bolsa de Mercadorias de Dalian fechou as negociações do dia em alta de 0,77%, a 789,50 iuans (R$ 596,05) a tonelada, apoiado pelo dólar mais fraco frente a outras moedas e por apostas de corte de juros nos EUA.
– ULTRAPAR ON valorizou-se 6,59%, endossada por relatório de analistas do BTG Pactual, que elevaram a recomendação da ação para compra, bem como o preço-alvo – de R$ 21,00 para R$ 26,00. Entre os pilares para a tese, citaram um sólido momento operacional, com margens em expansão em todas as unidades de negócio e expectativa de que a relação dívida líquida/Ebitda atinja 1,5 vez até o final de 2026. Também de pano de fundo da ação está o programa Gás do Povo, que prevê distribuir de graça botijões de gás a 15,5 milhões de famílias.
– MAGAZINE LUIZA ON avançou 7,17%, endossada pelo forte alívio nas taxas dos contratos de Depósitos Interbancários (DIs), que acompanharam o movimento dos títulos do Tesouro dos EUA após dados mostrando arrefecimento do mercado de trabalho norte-americano. Também embalados pelo movimento na curva de juros, ASSAÍ ON valorizou-se 3,14%, LOCALIZA ON subiu 2,97% e CYRELA ON fechou em alta de 2,71%.
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