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O Brasil tem potencial para ampliar em 20 mil quilômetros a exploração de hidrovias e deve realizar, no início de 2026, a primeira concessão desse tipo ao setor privado, informou nesta terça-feira (9) o diretor da Secretaria Nacional de Hidrovias e Navegação do Ministério de Portos e Aeroportos, Otto Burlier.
Em entrevista à Reuters, Burlier destacou que o país possui 40 mil quilômetros de rios navegáveis, mas apenas metade desse total é explorada comercialmente. “Temos um potencial de crescimento muito grande nos próximos anos”, avaliou.
Segundo ele, o projeto de concessão da Hidrovia do Paraguai já foi encaminhado ao Tribunal de Contas da União (TCU), etapa final antes da publicação do edital de leilão.
A Hidrovia do Paraguai, que se estende por 600 quilômetros de Corumbá (MS) até Porto Murtinho, na foz do rio Apa, na fronteira com o Paraguai, é considerada estratégica para o escoamento de cargas do Centro-Oeste, região que concentra parte significativa da produção de grãos do Brasil.
“Haverá uma cobrança módica, mas o custo do frete vai cair e isso será positivo para todos”, disse Burlier. Ele acrescentou que o leilão deve ocorrer apenas em 2026, apesar de expectativas anteriores do governo de que aconteceria ainda este ano.
Nos próximos anos, seis hidrovias estão entre as mais promissoras para concessões: Paraguai, Madeira, Tapajós, Tocantins, Amazonas (no trecho Manaus–Barra Norte) e Lagoa Mirim.
Atualmente, apenas 5% das cargas do país são transportadas por hidrovias, de acordo com dados do ministério. A maior parte segue sendo movimentada por rodovias.
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