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Em mais um dia de agenda esvaziada, investidores dividiram-se entre a atenção ao julgamento do ex-presidente, Jair Messias Bolsonaro (PL), no Supremo Tribunal Federal (STF), e as expectativas para a divulgação do Índice Nacional de Preço ao Consumidor (IPCA), prevista para quarta-feira (10).
Parte do mercado ainda teme que, caso Bolsonaro seja condenado, os Estados Unidos apliquem novas retaliações sobre o Brasil. Em agosto, entre as justificativas para taxar o país em 50%, o presidente americano, Donald Trump, afirmou que Bolsonaro vive uma caça às bruxas por parte do STF.
Na sessão inicial do julgamento nesta terça (9), que durou até o início da tarde, o ministro relator do caso, Alexandre de Moraes, votou pela condenação do ex-presidente e de outros sete réus por tentativa de golpe de Estado. O segundo ministro a votar, Flávio Dino, finalizou seu voto no fim da tarde, também pela condenação do ex-presidente e dos outros sete réus. Na quarta, o julgamento será retomado, quando Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin deverão manifestar suas suas decisões.
No final da sessão desta terça-feira, o dólar à vista fechou em alta de 0,34%, cotado a R$ 5,4361. O movimento não só foi influenciado pelo cenário doméstico, mas também pelo internacional, onde a moeda dos EUA ganhou força. O Ibovespa, por sua vez, recuou 0,12%, pontuando 141.618,29.
Em Wall Street, o S&P 500 fechou com elevação de 0,27%, renovando máxima de fechamento, após uma revisão para baixo em dados de emprego apoiar expectativas de que o Federal Reserve (Fed) cortará em breve a taxa de juros para sustentar o crescimento da maior economia do mundo.
Destaques
– RAÍZEN PN fechou negociada em baixa de 4,44%, em pregão de ajustes após fortes ganhos recentemente na esteira de notícias envolvendo potenciais investidores na companhia, uma joint venture da Cosan com a Shell. COSAN ON caiu 3,48%, também realizando lucros, no caso dela, após nove altas seguidas, período em que acumulou valorização de 38%.
– PETROBRAS PN subiu 0,78% e PETROBRAS ON avançou 1,08%, endossadas pela alta do petróleo no exterior, onde barril sob o contrato Brent fechou com elevação de 0,56%. Investidores também repercutiram reportagem do Valor Econômico afirmando que a estatal deve incluir corte de custos de US$ 8 bilhões (R$ 43,44 bilhões) em novo plano de negócios.
– VALE ON caiu 0,3%, abandonando os ganhos de parte do pregão e ajudando a enfraquecer o Ibovespa, em dia de alta dos preços do minério de ferro na China, onde contrato mais negociado em Dalian encerrou as negociações do dia com alta de 2,03%. O Bank of America elevou preço-alvo da ação da mineradora brasileira de R$ 60,00 para R$ 68,00 e reiterou compra.
– ITAÚ UNIBANCO PN cedeu 0,86%, também exercendo pressão negativa no Ibovespa, em dia misto entre os bancos do Ibovespa. BRADESCO PN perdeu 0,93% e SANTANDER BRASIL UNIT recuou 0,21%, enquanto BANCO DO BRASIL ON subiu 2,15%, sendo um contrapeso positivo.
– DIRECIONAL ON recuou 2,97%, tendo no radar relatório de analistas do JP Morgan, que cortaram a recomendação dos papéis para neutra, embora o preço-alvo tenha subido de R$ 15,80 para R$ 18,00. CURY ON, que também teve a classificação reduzida para neutra pelo banco americano, perdeu 3,13%.
– GPA ON saltou 7,75%. Na segunda-feira (8), a coluna Radar da revista Veja publicou que o presidente-executivo do Casino, Philippe Palazzi, estará no Brasil nesta semana para discutir com potenciais interessados na participação do grupo francês na companhia brasileira. O Casino detém 22,5% do total das ações ordinárias do GPA.
– MARFRIG ON subiu 4,49%, após anunciar na noite de segunda que concluirá a incorporação de todas as ações da BRF em 22 de setembro, quando os papéis de emissão da BRF serão negociados pela última vez na bolsa paulista. A partir do dia 23 de setembro, as ações passarão a ser negociadas sob o ticker MBRF3. O negócio foi aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) na semana passada.
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