Ibovespa Termina no Positivo Puxado por Vale e Itaú; Fleury Recua

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O Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira (20), ultrapassando os 145 mil pontos no melhor momento. As blue chips Vale e Itaú ficaram entre os principais suportes, enquanto Fleury liderou as perdas em meio a dúvidas sobre uma eventual operação com a Rede D’Or.

O indicador brasileiro subiu 0,77%, a 144.509 pontos, segundo dados preliminares. Na máxima, chegou a 145.216,08, maior nível em mais de duas semanas. Na mínima, marcou 143.396,41 pontos.

O volume financeiro nesta segunda-feira somava R$ 16,1 bilhões antes dos ajustes finais.

Em Wall Street, os principais índices de ações também saltaram nesta segunda-feira (20), com impulso, em grande parte, de papéis financeiros e de tecnologia. O movimento aconteceu conforme balanços corporativos trimestrais positivos reacenderam o apetite pelo risco e investidores ficaram menos receosos quanto à qualidade do crédito de bancos regionais.

O Dow Jones subiu 1,12%, para 46.706,58 pontos. O S&P 500 ganhou 1,07%, para 6.735,13 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 1,37%, para 22.990,54 pontos. Uma ampla valorização fez com que os três principais índices acionários dos EUA fechassem em alta acentuada.

“É um movimento bom, sólido e generalizado, não há muita coisa negativa no mercado”, disse Paul Nolte, consultor sênior de patrimônio e estrategista de mercado da Murphy & Sylvest. “Há um certo alívio por parte dos setores financeiros…investidores estão vendo isso como uma reação um pouco exagerada na semana passada.”

As ações da Apple atingiram um recorde, enquanto a Meta, Netflix e Alphabet ganharam entre 1,3% e 3,3%.

Câmbio

O dólar seguiu se ajustando em baixa nesta segunda-feira (20) e emplacou a quarta queda consecutiva no Brasil, para abaixo dos R$ 5,40, após oscilar acima dos R$ 5,50 em sessão recente. Em um dia no geral positivo para os ativos brasileiros, o dólar à vista fechou com baixa de 0,67%, aos R$5,3704, enquanto no exterior a moeda norte-americana tinha sinais mistos ante as demais divisas de países emergentes.

No ano, o dólar acumula queda de 13,09% ante o real. Às 17h02, na B3, o dólar para novembro, atualmente o mais líquido no Brasil, cedia 0,65%, aos R$ 5,3900.

No exterior, em meio a notícias sobre o novo governo a ser formado no Japão e a preocupações com o risco de crédito nos Estados Unidos, o dólar manteve sinais mistos em relação aos pares do real. A moeda norte-americana subia ante a lira turca e o peso mexicano no fim da tarde, mas recuava ante o rand sul-africano e o peso chileno.

Em relação ao real, o dólar engatou perdas desde o início da sessão, refletindo em grande parte o diferencial de juros favorável ao país, avaliou o diretor de Análise na Zero Markets Brasil, Marcos Praça. “O mercado já comprou dois cortes de juros nos Estados Unidos este ano. Ele está convicto de que haverá corte de juros, e isso impacta o diferencial de juros”, comentou Praça.

Com a expectativa de juros mais baixos nos EUA e manutenção da taxa básica Selic em 15% no Brasil, o diferencial de juros favorável tem atraído dólares para o país. Na mínima do dia, às 13h33, o dólar à vista foi cotado a R$ 5,3668 (-0,73%).

“É fundamental considerar que esse tipo de alívio no câmbio pode ser temporário, especialmente diante da volatilidade observada nos Treasuries e das incertezas quanto ao cenário fiscal doméstico”, alertou à tarde Ricardo Trevisan Gallo, presidente-executivo da Gravus Capital, em comentário escrito.

Um dos receios do mercado é o de que, visando a reeleição em 2026, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva anuncie mais ações com impacto fiscal, sem que haja contrapartidas para fechar o Orçamento. Neste caso, o dólar poderia se fortalecer novamente. “Ano que vem teremos eleições, e medidas populistas causam incerteza. Por isso, o dólar pode se acomodar perto dos R$ 5,30, este pode ser o fundo deste ciclo de baixas”, opinou Praça.

Na tarde desta segunda-feira (20), o governo lançou um programa de R$ 40 bilhões em crédito para reforma de casas no Brasil, que envolverá recursos do Fundo Social e do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Pela manhã, o boletim Focus do Banco Central mostrou que os economistas do mercado mantiveram a projeção de um dólar a R$ 5,45 no fim deste ano e a R$ 5,50 no encerramento de 2026.

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